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Centro de Qualificação Profissional atrai dezenas de mulheres em Volta Redonda

Mais de 300 já foram preparadas nos cursos da construção civil desde 2021. Curso Básico de Solda é novidade e já começou com duas turmas


O Centro de Qualificação Profissional (CQP) Aristides de Souza Moreira, no bairro Aero Clube, em Volta Redonda, encerra até o mês de julho a formatura de mais um grupo de 81 mulheres que estão sendo preparadas nos cursos da construção civil: Pedreira Predial, Eletricista, Pedreira de Acabamento e Revestimento, Bombeira Hidráulica, Pintura Predial e no curso de estreia deste semestre – o Curso Básico de Solda, que começou com duas turmas de mulheres estudando pela manhã e à noite. Todos os cursos são gratuitos para moradoras do município.


Os cursos para as mulheres foram criados pela Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH), na gestão da secretária Glória Amorim, que antes promoveu uma pesquisa entre um grupo de 40 mulheres no bairro Roma, questionando sobre o interesse delas em capacitação profissional para o empoderamento, autonomia financeira e geração de rendas, recebendo o apoio do prefeito Antonio Francisco Neto. Os cursos têm parceria com a Smac (Secretaria Municipal de Ação Comunitária) e a Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), que cede a unidade educacional e contrata os professores.


Os desafios e reconhecimento do mercado


O diretor do CQP, Eiji Yamashita, destacou que o aprendizado das mulheres no curso de solda depende do interesse e do envolvimento pessoal de cada uma, sendo que o mercado, embora ainda mantenha certa preferência pela mão de obra masculina, já está abrindo as portas para a contratação de mulheres:


“A indústria, as empresas já estão oferecendo oportunidades e muitas mulheres formadas já estão se sobressaindo na profissão, contratadas por secretarias municipais como SMI (Secretaria Municipal de Infraestrutura), SME (Secretaria Municipal de Educação) e empresas”, comparou o diretor.


O professor do Curso Básico de Solda, Hélio dos Santos, com 50 anos de profissão, citou parte do ensinamento que passa para as mulheres na sua área: “A dificuldade é o domínio do braço bem leve para conduzir o processo de soldagem. A solda é uma técnica de habilidade, de saber montar o equipamento, fazer a limpeza das peças que vai soldar, trabalhar o corte correto com o uso do maçarico, regulagem da chama, o tipo de bico que vai usar, as posições plana, horizontal ou vertical, os gases. Elas vão sair daqui sabendo trabalhar com segurança e conhecendo o processo de solda e todo o equipamento e sua montagem”, destacou.


As opções pelo curso de solda


Alunas do curso falaram da motivação que as levaram a se inscrever. Camila Fernandes, 43 anos, moradora no Jardim Cidade do Aço, comentou: “Eu tenho na família cinco pessoas que trabalham como soldadores – dois irmãos e três primos – e cheguei a começar o curso há muitos anos na Vila Brasília, mas não consegui terminar, porque casei, tive filhos. Agora estou aproveitando a oportunidade para concluir e tirar o certificado, recuperando o tempo”.


Outra estudante, Yasmim Terra, 23, moradora do Retiro e mãe de uma criança, afirmou que fez vários cursos no CQP, citando Elétrica Predial, e optou pela procura atual do mercado: “A busca por profissionais de solda está muito grande. É uma profissão onde estão sendo reconhecidos, valorizados. Eu quero trabalhar na usina, na indústria. E a solda oferece melhor oportunidade, onde eu tenho mais afinidade para aprender e buscar o mercado de trabalho”, frisou.



Selmara Marques Generoso Ribeiro, 49, moradora da Vila Mury, já fez vários cursos de Pedreira Predial, Pedreira de Acabamento e Revestimento, Elétrica e agora Bombeira Hidráulica. E tem um motivo forte pela sua escolha.


“Eu quero conhecer e entrar na casa desde a sua fundação, no início da obra, para ter este conhecimento geral. Muitas vezes o profissional contratado desperdiça material nas reformas de casas, faz a gente comprar além do necessário. Portanto, não serei mais enganada, sei o que precisa realmente na obra e como fazer”, concluiu Selmara.


A prefeitura, através da SMDH e da Fevre, garante também os EPIs (equipamentos de proteção individual), lanche, transporte e uniformes. Este novo grupo que começou as aulas teóricas e práticas no último mês de março eleva para 336 o total de mulheres capacitadas nos seis cursos da construção civil, desde que o projeto começou há 2 anos. As aulas são para as turmas da manhã, tarde e noite. O novo Curso Básico de Solda ganhou duas turmas: com aulas de manhã (das 8h às 11h30) e à noite (das 18h às 21h30).



Fotos de divulgação.

Secom/PMVR

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